O Projeto Pacto das Águas, que tem o apoio da Petrobras, foi apresentado no X Congresso internacional de casos docentes em marketing público e não lucrativo na Universidade de Beira, em Portugal, em dezembro de 2018. Intitulado Sustentabilidade ambiental com indígenas e seringueiros da Amazônia – o Projeto Pacto das Águas o trabalho, orientado pelo professor Paulo Gonçalves, do Instituto Politécnico do Porto (Portugal) analisou os desafios enfrentados para garantir a sustentabilidade nos locais de atuação do projeto, as evidências de empoderamento das comunidades indígenas e seringueiros e um antes e depois da atuação do projeto.
Os pesquisadores levantaram que os desafios estão, entre outros, na construção de parcerias, na logística, que é feita em parte manualmente no meio da mata e na adequação da burocracia governamental. Com o passar do tempo, porém, o Projeto foi encontrando caminhos através de órgãos e programas governamentais como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) do Ministério da Agricultura. Em relação ao empoderamento foi percebido que as comunidades vêm conquistando autonomia e exercendo sua política nas relações com outros grupos e instituições bem como houve aumento na capacidade de produzir mudanças e de conservar a história e tradição dos povos. Ocorreu, conforme uma análise do antes e após o Pacto das Águas, uma mudança de percepção sobre a floresta entre os indígenas e os seringueiros, que passaram a vê-la como oportunidade de geração de renda; havia insatisfação com o valor da venda, e com o desenvolvimento de boas práticas se conseguiu agregação de valor, permanência de jovens indígenas em seus territórios que agora trabalham com a castanha e a borracha.
Nas conclusões o grupo pontuou que o Projeto tem contribuído para que existam bons negócios feitos através da floresta com sustentabilidade, a floresta em pé com benefícios diretos para a vida social das comunidades, epara toda sociedade.
