Rikbaktsas e seringueiros do Pacto das Águas acessam R$ 143 mil no Fundo Casa

As associações indígenas e de extrativistas do Noroeste de Mato Grosso envolvidas no projeto Pacto das Águas acessarão, juntas, R$ 143 mil para geração de renda e fortalecimento de suas cadeias produtivas. As associações foram contempladas na I Convocatória de projetos do Programa CASA Amazônia. As propostas aprovadas foram elaboradas com apoio do Pacto das Águas, projeto que tem patrocínio da Petrobras.

“Nós ficamos muito felizes com essa notícia. Esse é o resultado prático de um dos nossos objetivos no Projeto Pacto das Águas, que é fortalecer a organização social dos povos da floresta”, comemora Emerson de Oliveira, coordenador técnico do Pacto das Águas.

A equipe técnica ajudou as associações a compreenderem o edital de convocação do Fundo CASA, identificar as necessidades que poderiam ser contempladas com as linhas de financiamento e elaborar a proposta técnica e financeira para enviar ao Fundo.

A aprovação das propostas das associações mostra o amadurecimento das organizações, que vêm recebendo assessoria do Pacto das Águas para melhorarem seus processos de gestão. O apoio vai desde a ajuda na regularização de documentos das associações até treinamento de boas práticas de administração técnica e financeira.

“O projeto tem uma linha de atuação específica, de apoio às cadeias da castanha e da borracha, mas isso não nos impede de olhar para as demais atividades que existem nesses territórios e apoiar as comunidades de forma ampla, para maior autonomia e sustentabilidade na gestão socioprodutiva da floresta”, reflete Emerson.

Não é a primeira vez que o projeto ajuda as comunidades no acesso a recursos. Todos os anos, o Pacto das Águas ajuda as associações a solicitarem a subvenção da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para o preço mínimo da borracha, bem como os recursos para formação de estoque da castanha.

No final do ano passado, o trabalho já rendeu para as comunidades o Selo Nacional da Agricultura Familiar, uma iniciativa do Governo Federal que identifica os produtos vindos da agricultura familiar e de comunidades tradicionais e indígenas, permitindo ao consumidor rastrear sua origem através de um QR code e um número de série.

Projetos aprovados

A Associação Indígena Abanatsa (Aiaba) teve aprovado o projeto Jurupará-A, que significa a ponta da lança, o início de tudo, na língua Rikbaktsa. Com os recursos, eles poderão desenvolver atividades previstas no Plano de Gestão Territorial e Ambiental da Terra Indígena Escondido, localizada em Cotriguaçu. As atividades incluem a ampliação de castanhais nativos e a diversificação produtiva.

A cadeia da castanha também está no foco do projeto da Associação Indígena Rikbaktsa Tsirik. A produção da castanha é uma das atividades previstas no Plano de Gestão Territorial e Ambiental da Terra Indígena Japuíra, localizada no município de Juara. Com o projeto Pitsikoso, que significa produção de castanha na língua Rikbaksta, a associação vai fortalecer a geração de renda de 80 famílias.

Já na Reserva Extrativista Guariba Roosevelt, duas associações foram contempladas com recursos. A Associação dos Moradores Agroextrativistas da Resex Guariba Roosevelt Rio Guariba (Amorar) obteve recursos para investir na Casa de Farinha do Seringal. Com isso, os associados vão fortalecer a cadeia produtiva da farinha de mandioca, uma estratégia de diversificação de geração de renda para os associados, que já produzem castanha e cernambi, a borracha natural. As comunidades beneficiadas ficam na porção da Resex que abrange Aripuanã e Colniza.

O outro projeto mira os jovens da reserva, na porção de Juara, Cotriguaçu e Brasnorte. O projeto da Associação dos Moradores Agroextrativistas da Resex Guariba Roosevelt Rio Roosevelt (Amarr) se chama Gerações de Guardiões da Floresta, e vai trabalhar atividades de inclusão social e tecnológica nas escolas da Resex. A ideia é promover conhecimento socioambiental e tecnológico e incentivar a permanência de jovens na comunidade. Todos os projetos têm duração prevista de um ano.

Sobre o Projeto Pacto das Águas

Projeto Pacto das Águas é patrocinado pela Petrobras, através do Programa Petrobras Socioambiental, e tem como objetivo principal promover o uso sustentável da sociobiodiversidade, com povos indígenas e comunidades tradicionais da Terra Indígena Japuíra, no município de Juara; Terra Indígena Escondido, no município de Cotriguaçu; e da Reserva Extrativista Guariba Roosevelt, localizada nos municípios de Aripuanã, Colniza e Rondolândia. As ações são parte de uma estratégia de emissões evitadas para mitigação do aquecimento global e das mudanças climáticas pela conservação da floresta em pé no Noroeste de Mato Grosso.

Leia também: 

Seringueiros apoiados pelo Pacto das Águas recebem recursos da Conab.  

Extrativistas acessam recursos da Conab para comercialização da castanha.  

Associação apoiada pelo Pacto das Águas é declarada de utilidade pública. 

 

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