Em novembro de 2021, o programa Rondônia Rural, exibido pela afiliada da Rede Globo no estado, lançou uma série de 4 episódios tendo como temática “Borracha em Rondônia: da floresta em pé ao tênis sustentável!” (acesse o link: https://g1.globo.com/ro/rondonia/rondonia-rural/noticia/2021/11/07/da-floresta-em-pe-ao-tenis-sustentavel-relatos-dos-soldados-da-borracha-de-rondonia.ghtml). As reportagens tiveram como objetivo, mostrar como os seringueiros começaram o extrativismo nas florestas da região. Desde os primórdios, na década de 40, com as convocações em massa dos chamados “soldados da borracha”, até à atualidade, onde a cadeia produtiva é apoiada pelo Projeto Pacto das Águas.
A iminente retomada do extrativismo nos seringais consolida estudos governamentais e a disposição dos próprios seringueiros em se inserirem mais uma vez na economia rondoniense, fato que não ocorria desde os tempos territoriais, quando muitos seringais encontravam-se ativos. Em uma estimativa bem conservadora, Rondônia pode vir a produzir tranquilamente 200 toneladas de borracha por ano.
Na última pesagem da safra da borracha, realizada também em dezembro de 2021, conduzida pelas associações produtivas ASROP e ASAEX das Reserva Extrativistas do Rio Ouro Preto e do Rio Cautario, localizadas sucessivamente nos municípios de Guajará-Mirim e Costa Marques, a assessoria técnica do Pacto das Águas, constatou-se que o resultado das extrações entre os períodos de maio a novembro de 2021 excedeu as expectativas, totalizando de 32.773kg de borracha natural e gerando uma renda total de R$ 395.897,84 (Trezentos e noventa e cinco mil e oitocentos e noventa e sete reais e oitenta e quatro centavos) para 71 famílias de extrativistas.
Nossa assessoria técnica também organizou toda a documentação necessária dos 71 produtores que comercializam borracha, e enviaram a Conab para acessar os recursos da subvenção (a cada pesagem era feito todo o processo de subvenção). O valor total que poderá ser acessado pelos produtores através desse processo é de R$ 68.167,84, pagando a diferença de R$ 2,08 por quilograma de borracha comercializada a cada produtor.
Vale ressaltar que além dos impactos econômicos e sociais, a conservação de seringueiras e outros produtos florestais não madeireiros em franca produção, influencia diretamente no aspecto ambiental, visto que a manutenção da floresta em pé garante a absorção do carbono que iria para a atmosfera. A vegetação mantém o ciclo das chuvas de algumas regiões do Brasil, além de contribuírem para a manutenção da biodiversidade.